História
História relativa aos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire.
No fim da década de 50 do séc. passado, Mirenses radicados nos EUA , sentindo as necessidades de segurança e assistência na doença das gentes da sua terra, cotizaram-se para a oferta de uma ambulância, propondo a constituição de uma comissão que a adquirisse e administrasse e, prevendo a criação futura de um Corpo de Bombeiros na vila, definia que esse veiculo e demais equipamento a ele deveria ser entregue. Essa Comissão Administrativa, dá posteriormente origem a uma Comissão de Assistência à Saúde, que vem a adquirir mais duas automacas, sem apoios oficiais, apenas com donativos da população, que se mantiveram em serviço até 1981. Complementarmente, na década de 1960 e por iniciativa do Sr. João Amado Batista, foi também criado um rudimentar serviço de combate a incêndios com um “carro carreta” equipado com algumas mangueiras, extintores e diverso material sapador. Nos anos 80, com o aumento das solicitações de apoio na saúde à população, e por ocasião de um incêndio na rua do Terreirinho, verificou-se que os meios de combate a incêndio disponíveis não conseguiam cumprir a missão, e perante a frequência de incêndios industriais no florescente tecido empresarial da vila é por demais evidente que este modelo de serviço assistencial prestado já se revela desadequado, motivo suficiente para fazer crescer uma vontade férrea de dotar a vila com uma Associação Humanitária de Bombeiros com meios mais profissionais. Por iniciativa do Presidente da Assembleia de Freguesia, que concitou na altura entre os seus pares e membros da Junta o maior apoio, ampliam-se os objectivos daquela Comissão que ganha nova designação- Comissão de Assistência e Segurança- composta pelos presidentes da Assembleia e da Junta de Freguesia, respectivamente Carlos Alberto Gomes Jorge e João Batista Laureano e com a incumbência de proceder aos contactos necessários para a criação de uma Associação Humanitária detentora de um Corpo de Bombeiros. A 19 de Outubro de 1982, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, sob a presidência do Dr. Licínio Moreira da Silva, delibera dar o seu apoio à criação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire. O entusiasmo e dedicação dos seus constituintes são enormes e vão entretanto convidando e acolhendo novos colaboradores até que a 04 de Novembro de 1982, comparecem no cartório notarial de Porto de Mós, João Batista Laureano, Carlos Alberto Gomes Jorge e José Paulo Mendes Batista para, como outorgantes, efectivarem, por escritura pública, a constituição de uma associação com personalidade jurídica de carácter humanitário de utilidade pública, de duração indeterminada, e com a denominação de Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire (AHBVMA), cuja finalidade é a criação de um Corpo de Bombeiros com a missão de: -Socorrer feridos e doentes, -Proteger qualquer forma de vida e bens, -Promover festas e sessões culturais e qualquer outra actividade conducente à melhor preparação intelectual e moral dos seus associados. A AHBVMA começa por utilizar como sede uma pequena dependência do mercado de Mira de Aire, passando posteriormente para um espaço comercial pertença das Grutas de Mira de Aire e por último um barracão, gentilmente cedido por D. Maria Odete Carreira Monteiro, que passou a ser o primeiro Quartel-Sede. A AHBVMA recebe o património dessa Comissão de Assistência e Segurança, adquire um PSM novo e adapta um Jeep “Willys” a Pronto Socorro Ligeiro. O Parque de Veículos fica constituído por 1 Autotanque, 1 Pronto Socorro Ligeiro e 2 Ambulâncias. A 25 de Novembro de 1982 é publicada em Diário da República IIIª série nº 273, a escritura pública da constituição da Associação e os respectivos Estatutos da AHBVMA. A 7 de Dezembro desse ano reúne pela 1ª vez a Assembleia Geral com o V/Presidente Luís Duque da Silva e 75 associados que elegem por unanimidade, os corpos gerentes dos três órgãos sociais - Mesa da Assembleia Geral ., Direcção, Conselho Fiscal. Constituída que estava a AHBVMA faltava homologar o Corpo de Bombeiros entretanto criado. A 10 de Abril de 1983, o Primeiro-ministro – Dr. Francisco Pinto Balsemão- aquando da sua visita, integrada nas comemorações do 50º aniversário da elevação de Mira de Aire à categoria de vila, compromete-se publicamente a interceder a favor da homologação do Corpo de Bombeiros Voluntários de Mira de Aire; esta acaba por chegar a 24 de Julho de 1984 por decisão do Serviço Nacional de Bombeiros na sua Acta nº 13/84, complementarmente é também aprovado o seu primeiro Regulamento Interno. O mesmo SNB a 17 de Agosto de 1984 concede o subsídio de Fundação. A 20 de Dezembro de 1984 no Diário da República. IIª série nº 293 é publicado o Despacho do 1º ministro, de 03 de Dezembro desse ano, a conceder à AHBVMA o estatuto de entidade de utilidade pública, nos termos dos art.º 2º e 3º do Dec. Lei nº 460/77 de 07 de Novembro. O entusiasmo continua grande, novas instalações exigem-se urgentemente, objectivo alcançado ainda que provisoriamente graças a um sócio benemérito que, por um preço convidativo, pôs à disposição da AHBVMA uma parcela (+/- 1200 m2) duma antiga fábrica de lanifícios desactivada e sua propriedade; ainda nesse ano de 1984, ocorre a 1ª campanha para angariação de fundos para aquisição de uma Ambulância nova o que vem a ocorrer em 1985. Considera-se 1985 o ano de arranque efectivo do CB (Corpo de Bombeiros) legalmente constituído. Em 15 de Abril de 1987, em reunião de Direcção constituída por Virgílio V. Casimiro, Riunildo da Costa Esperança, Manuel Pedro Custódio, Maria Fernanda C.F. Casimiro, e José Luís J. Casimiro, era aprovado o Relatório de Contas com um saldo aproximado de 1 milhão e seiscentos e vinte mil escudos. A 20 de Dez de 1989 são definidas/clarificadas as áreas de actuação dos Corpos de Bombeiros de Porto de Mós e Mira de Aire. A resolução definitiva das instalações do Quartel Sede tem o primeiro passo a 27 de Junho de 1990 que pela mão da Câmara Municipal de Porto de Mós, consciente das deficientes condições de bem-estar e de operacionalidade, adquire e oferece à AHBVMA um terreno com cerca de 3700 m2 que merece a aprovação técnica do SNB; este integra-o no PIDDAC /Maio 99 e com projecto arquitectónico elaborado pelo GAT Leiria, o Quartel Sede de tipo A com área coberta de 705 m2 distribuída por 4 pisos e uma área total de construção de 1328 m2. A 25 de Novembro de 2000 por ocasião do 18º aniversário procedeu-se ao lançamento da 1ª pedra do Quartel Sede sendo a mudança final para as novas instalações em 2003. Desde 21 de Abril de 2008, a AHBVMA dispõe de Fanfarra e de Escola de Infantes e Cadetes com 40 elementos dos 6 aos 16 anos, uma das formas mais eficazes de estimular o voluntariado e a solidariedade nas camadas jovens da vila e única no Concelho e no Distrito. Este CB em 2011 deslocalizou uma secção para a freguesia de S. Bento apelidada de Posto de Socorro de São Bento, totalmente guarnecida por sanbentonenses e só possível também com muito mérito e esforço geral dos sanbentonenses residentes no lugar bem como da maioria dos emigrantes dessa terra que o afastamento físico não deixou separar em espírito. De referir que a Área de Intervenção integra as freguesias de Mira de Aire, São Bento, e Alvados o que perfaz uma área aproximada a 8100 ha e uma população que ronda os 5500 habitantes. O Quadro Activo, os Estagiários, os Infantes & Cadetes, os Recursos Humanos, rondam a centena de elementos. Quanto a recursos materiais a CB está dotada de uma viatura de comando táctico (VCOT), um auto tanque táctico (VTTU), uma viatura de desencarceramento (VSAT), três viaturas ligeiras de combate a incêndios florestais (VLCI), duas viaturas florestais de combate a incêndios (VFCI), uma viatura Rural de Combate a Incêndios (VRCI), uma viatura Urbana de Combate a Incêndios (VUCI), três Ambulâncias de Transporte Múltiplo (ABTM), três Ambulâncias de Transporte de Doentes (ABTD), e quatro Ambulâncias de Socorro (ABSC), uma viatura de Direcção (VOPE).
O lema desta associação é BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA
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